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O que é Ela? A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que afeta as células nervosas no cérebro e na medula espinhal, resultando em uma progressiva perda de habilidades motoras e, eventualmente, levando à paralisia. Embora tenha se tornado mais conhecida através do desafio do balde de gelo nas redes sociais, a ELA é uma condição grave que merece uma compreensão mais profunda.

Entendendo a ELA
A ELA é caracterizada pela degeneração das células nervosas conhecidas como neurônios motores, que são responsáveis por transmitir os sinais do cérebro para os músculos, permitindo o movimento voluntário. A perda progressiva desses neurônios resulta na incapacidade dos músculos de receberem os sinais necessários para funcionar, levando à fraqueza muscular, paralisia, comprometimento das funções respiratórias e de deglutição.

Sintomas e Progressão
Os sintomas da ELA podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem fraqueza muscular, cãibras, espasmos e dificuldade em realizar atividades cotidianas como segurar objetos, andar, falar e engolir. À medida que a doença avança, os pacientes podem perder a capacidade de se comunicar verbalmente e, eventualmente, de respirar sem assistência.
Desafios
A ELA apresenta diversos desafios, a progressão constante da doença leva a uma significativa deterioração total da qualidade de vida, além de impactar aspectos emocionais e psicológicos ao paciente e familiares. Os profissionais que estão mais próximos como a enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudiólogos, tem que lidar com o impacto emocional e físico ao fornecerem apoio integral ao paciente. Os pacientes em estágio avançado, precisam de assistência 24h, principalmente da enfermagem e fisioterapia.
Causas e Fatores de Risco
Embora a causa exata da ELA ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais desempenhe um papel no desenvolvimento da doença. incialmente, é importante ressaltar que mutações em vários genes, incluindo SOD1, SETX, FUS, ANG, ALS2, entre outros, foram identificadas como estando relacionadas à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Além das influências genéticas, fatores externos desempenham um papel significativo, como a excitotoxicidade causada pelo excesso de glutamato, processos inflamatórios no sistema nervoso desencadeados por toxinas, vírus e metais, assim como a formação de agregados proteicos. Uma pequena porcentagem dos casos está associada a mutações genéticas hereditárias, enquanto a maioria dos casos ocorre de forma esporádica, sem uma ligação genética conhecida.
Busca pela cura
Atualmente, não há cura para a ELA, mas pesquisadores em todo o mundo estão empenhados em entender melhor a doença e desenvolver tratamentos mais eficazes. Terapias e abordagens promissoras estão sendo exploradas, incluindo a terapia genética e a pesquisa com células-tronco, que busca regenerar as células nervosas perdidas.

Stephen Hawking e Luta Contra a ELA
Quando se fala sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), é quase impossível não mencionar o renomado físico teórico Stephen Hawking. Sua história não apenas ilustra os desafios enfrentados por aqueles que vivem com ELA, mas também ressalta a força da determinação humana em face de adversidades esmagadoras.

Diagnosticado com ELA aos 21 anos, Hawking foi inicialmente dado apenas alguns anos de vida. No entanto, ele desafiou todas as probabilidades e continuou a trabalhar e fazer contribuições significativas para o campo da física por décadas. Sua genialidade e suas contribuições para a cosmologia e a teoria dos buracos negros são amplamente reconhecidas e respeitadas.
A perda gradual de sua capacidade motora devido à ELA o fez precisar do uso de cadeira de rodas e eventualmente levou à perda quase completa de sua capacidade de falar. No entanto, Hawking não deixou que a doença o definisse ou o limitasse. Ele utilizou cadeiras motorizadas e um sistema de comunicação assistiva, controlado por movimentos faciais e oculares, para continuar a compartilhar suas ideias e interagir com o mundo.
Hawking não apenas se destacou no campo científico, mas também se tornou um defensor ativo da conscientização sobre a ELA e um símbolo de inspiração para muitos. Sua vida é um testemunho de resiliência, sua paixão pelo conhecimento e a determinação podem superar desafios inimagináveis.
Embora Stephen Hawking tenha falecido em 2018, seu legado continua a inspirar e impactar pessoas em todo o mundo. Ele nos lembra que, apesar das adversidades, é possível encontrar significado, realizar conquistas notáveis e contribuir para a compreensão humana, mesmo quando se enfrenta uma doença avassaladora como a ELA.
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